A pós-graduação é a continuação mais natural para quem acaba de se formar e deseja prosseguir com os estudos a fim de se diferenciar no mercado.
Tanto é, que em 2023 existiam cerca de 1,4 milhões de estudantes cursando uma pós-graduação no Brasil. Só na pós-graduação stricto sensu, isto é, mestrados e doutorados, são mais de 350 mil matriculados.
Esses dados nos mostram que cada vez mais estudantes do ensino superior buscam dar continuidade aos estudos por meio da educação formal, seja em instituições públicas ou privadas.
Mas à medida que mais e mais pessoas têm acesso ao ensino superior de qualidade, a competitividade no mercado de trabalho também aumenta. Dessa forma, a necessidade de obter experiência prática se torna uma constante na vida desses jovens profissionais.
É dentro deste contexto que começaram a surgir os estágios para pós-graduação. Uma forma de propiciar aos estudantes mais oportunidades de inserção no mercado de trabalho.
Continue a leitura e saiba tudo sobre o assunto!
Existe estágio para pós-graduação?
Como você viu na introdução deste artigo, sim, existe estágio para pós-graduação. A Lei 11.788/2008, conhecida como Lei do Estágio, prevê que essa modalidade de vínculo profissional pode ser exercida por estudantes de nível médio, técnico e superior.
Quando falamos em nível superior, isso compreende tanto a graduação quanto as três modalidades de pós-graduação vigentes no país: especialização, mestrado e doutorado.
Aqui vale lembrar que os cursos com título de MBA são considerados especialização lato sensu e conferem ao egresso o título de especialista.
Estágio para pós-graduação é obrigatório?
Na pós-graduação lato sensu, isto é, especializações e MBAs, o estágio é facultativo e depende do interesse de cada estudante.
Pode haver exceções em cursos da área de saúde, em que a prática clínica é essencial para que o pós-graduando obtenha o título de especialista.
Mas na maioria das áreas, essa é uma escolha que cada pós-graduando pode fazer, de acordo com seus objetivos de carreira e possibilidades de atuação no mercado laboral.
Já na pós-graduação stricto sensu, ou seja, mestrados e doutorados, o estágio pode ser exigido, a depender da instituição de ensino e do curso em questão.
Como funciona o estágio para pós-graduação?
O estágio para pós-graduação segue as mesmas premissas da Lei do Estágio, ou seja:
- Deve haver a celebração de um termo de compromisso de estágio entre a instituição de ensino e a empresa que está fornecendo o estágio;
- A carga horária máxima deve ser de 6 horas diárias ou 30 horas semanais;
- Compatibilidade entre as atividades laborais e o conteúdo do curso em questão;
- Supervisão de um professor-orientador e de um profissional responsável dentro da organização;
- Férias remuneradas de 30 dias a cada 12 meses trabalhados;
- A duração do estágio não pode ultrapassar 2 anos;
- Quaisquer benefícios, como vale-transporte ou vale-refeição, não são obrigatórios.
Essas são as premissas básicas que regem os contratos de estágio para pós-graduação. Outras exigências podem ser acrescidas pela empresa contratante, em comum acordo com a instituição de ensino e o próprio estagiário.
Quais as vantagens de fazer estágio na pós-graduação?
Com a graduação concluída, a maioria dos profissionais opta por buscar vagas efetivas no mercado de trabalho, com contratação de acordo com a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
Uma outra parcela de egressos prefere empreender por conta própria, assumindo suas carreiras como profissionais liberais, como é o caso de jornalistas, advogados e nutricionistas, por exemplo.
Mas há também quem queira passar da graduação diretamente para a especialização. Nesses casos, o estágio pode ser uma ótima forma de conciliar trabalho e estudos com mais facilidade e desenvolver habilidades que não foram adquiridas ao longo da faculdade.
Além disso, o estágio para pós-graduação abre espaço para que jovens profissionais formados tenham mais oportunidades de desenvolver suas habilidades práticas sem assumir tantas responsabilidades quanto um profissional sênior.
Outra vantagem do estágio na pós-graduação é poder ingressar em empresas cuja concorrência por vagas efetivas é bastante acirrada. Assim, você tem a chance de se desenvolver na empresa e alcançar postos de trabalho mais avançados à medida que se consolida na carreira.
A possibilidade de construir boas redes de contatos é outro ponto que deve ser levado em consideração, se você está pensando em fazer um estágio na pós-graduação. Afinal, um bom networking é capaz de abrir portas para novas e melhores oportunidades de carreira.
E quais as desvantagens de fazer estágio na pós-graduação?
Como você viu, existem vantagens indiscutíveis de se fazer estágio na pós-graduação. Mas também podem existir desvantagens nessa escolha.
Uma das questões que você precisa estar atento é que o estágio não configura vínculo empregatício. Nesse sentido, o estagiário não faz jus a direitos básicos do trabalhador CLT, como é o caso do seguro desemprego.
Via de regra, a remuneração dos estágios é bastante inferior a um emprego formal, com carteira de trabalho assinada. Esse também pode ser um fator limitador para quem está na pós-graduação e já tem responsabilidades financeiras.
Quando optar por um estágio na pós-graduação?
Caso você esteja cursando uma pós-graduação e no momento não tenha nenhuma oportunidade efetiva em vista, o estágio pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho. Afinal, seu trabalho será visto por mais pessoas e você terá a chance de construir seu networking para oportunidades futuras.
Por outro lado, se você está cursando pós-graduação em uma área cuja empregabilidade está em alta, talvez seja mais interessante focar seus esforços em conquistar uma vaga efetiva, já que ela oferece mais benefícios e possibilidades de crescimento no curto, médio e longo prazo.
Para tanto, você precisa construir um currículo competitivo, que ressalte suas habilidades e desperte o interesse dos recrutadores. Então confira 12 dicas simples e essenciais para desenvolver o seu currículo agora mesmo!
