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Medicina funcional: o que é e como funciona?

medicina funcional

De acordo com o The Institute for the Functional Medicine, medicina funcional é uma abordagem baseada na biologia de sistemas que se concentra na identificação e abordagem da causa raiz da doença. Em outras palavras, essa abordagem entende que o diagnóstico pode ser resultado de inúmeros fatores.

Por exemplo: duas pessoas diagnosticadas com enxaqueca podem ter como causa fundamental do problema fatores distintos. Logo, necessitarão de tratamentos diferenciados.

Essa também é a base do que hoje conhecemos como medicina de precisão, que considera cada ser humano único e, portanto, deve ter um tratamento personalizado.

Embora essas visões pareçam novas para a maioria de nós, sistemas de medicina tradicionais, como o Ayurveda, já tinham essa abordagem há milhares de anos.

O que ocorre atualmente é que os avanços tecnológicos da medicina moderna têm contribuído para diagnósticos cada vez mais precisos e o desenvolvimento de tratamentos cada dia mais personalizados.

Este é o caso de exames de DNA, que conseguem identificar qual é a propensão que uma pessoa tem para o desenvolvimento de determinada doença.

Neste artigo, convidamos você a mergulhar neste conhecimento que vem transformando a forma de ver a medicina e proporcionar alívio a pacientes de inúmeras patologias. Continua com a gente?

Por que investir em medicina funcional?

A medicina funcional tem ganhado cada vez mais adeptos por proporcionar tratamentos mais efetivos em uma série de condições, especialmente aquelas que conhecemos como crônicas.

Por meio de tratamentos personalizados, os pacientes se sentem mais confiantes com relação aos resultados. Além disso, os profissionais de saúde têm a oportunidade de ver seus esforços sendo recompensados com pacientes mais conscientes e saudáveis com menos intervenções medicamentosas.

Só para você ter uma ideia, as doenças não-transmissíveis (crônicas) são responsáveis por 74% das mortes em nível mundial. Mas a medicina funcional tem potencial para reduzir drasticamente esse número, trabalhando de forma preventiva e bem mais assertiva.

Como funciona a medicina funcional?

À medida que os estudos sobre medicina funcional avançam, são criados protocolos que ajudam os profissionais de saúde a mapear os sintomas dos pacientes e assim desenvolver abordagens terapêuticas personalizadas.

Uma boa forma de começar a entender como funciona a medicina funcional é saber o que ela explora em uma consulta clínica:

Antecedentes

A medicina funcional busca conhecer cada paciente em profundidade. Por isso, uma das primeiras coisas que o profissional de saúde pergunta ao paciente é sobre os seus antecedentes de saúde. Aqui, podem entrar tanto situações próprias quanto de familiares, afinal, podem haver doenças hereditárias.

Eventos desencadeadores

Nesta etapa, o profissional de saúde questiona o paciente sobre quais condições desencadearam os sintomas que são alvo da queixa. Por exemplo: se a pessoa tem enxaqueca, o que ela fez antes do episódio que poderia ter contribuído para este caso?

Rede de apoio

Para a medicina funcional, também existem fatores emocionais, psicológicos e sociais que podem contribuir para um quadro de doença. Portanto, é importante para o profissional saber se o paciente tem uma rede de apoio para levar adiante seu tratamento.

Estado de saúde geral

O estado de saúde geral do paciente também é de suma importância. Por isso, o profissional de saúde busca conhecer de forma bastante completa tudo o que aflige de alguma forma o paciente. Por exemplo: desde alergias à falta de sono, fraqueza ou cansaço extremos, perda de peso sem motivo aparente, entre outros.

Digestão

A digestão também entra como um dos elementos de grande importância em uma avaliação na medicina funcional. Isso porque a digestão é responsável pela transformação de alimentos em nutrientes que comporão a nossa estrutura corporal.

Se a digestão é deficiente, o organismo pode não receber a quantidade necessária de nutrientes. Logo, haverá desequilíbrios na saúde da pessoa.

Sono

A qualidade do sono também entra como um dos fatores a serem observados pela medicina funcional. Afinal, o descanso é fundamental para a recuperação de uma série de processos em nosso organismo.

Um sono inadequado ou insuficiente pode desencadear uma série de problemas de saúde, como desrregulação hormonal, por exemplo.

Atividade física

Cada vez mais ouvimos falar da importância da atividade física para a manutenção de uma boa saúde. Por isso, a medicina funcional também tem como ponto a ser investigado se a pessoa pratica algum tipo de exercício, bem como sua frequência e intensidade.

Nível de estresse

Sabemos o quanto uma vida agitada e pautada por compromissos sem fim, mensagens enviadas por vários canais e a exigência por estarmos sempre conectados à internet pode ser desgastante.

Por esse motivo, na medicina funcional o profissional de saúde também investiga qual o nível de estresse do paciente e como ele lida com essas situações.

Relacionamentos

Por fim, a medicina funcional também se preocupa pelos relacionamentos que o paciente mantém. E aqui entram os relacionamentos familiares, profissionais, de amizade e amorosos.

Essa preocupação não é à toa. De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, a solidão é capaz de aumentar 25% o risco de morte, 50% o risco de demência e 30% o risco de doenças cardiovasculares. Ou seja, a sociabilidade é fundamental para a manutenção da saúde de qualquer pessoa.

Medicina funcional e a motivação para seguir saudável

Outro recurso utilizado pela medicina funcional para manter os pacientes engajados com seus protocolos terapêuticos é o uso de uma linha do tempo.

Nela, o paciente pode acompanhar sua evolução no tratamento e perceber de forma bastante visual o quanto melhorou sua condição de saúde.

Assim, ele se sente mais motivado a dar seguimento ao tratamento, o que também motiva o profissional de saúde que faz esse acompanhamento.

Para concluir a nossa conversa

Ajudar seus pacientes a construir uma vida mais saudável pode se tornar muito mais fácil com os recursos que a medicina funcional proporciona. Mas ela não está sozinha, é claro. Existem diversas áreas que podem dar o suporte que você precisa para continuar transformando as vidas dos seus pacientes.

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